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Emprego X Satisfação: O que faz a sua alma cantar?

por Heloisa Aragão  
Muitos pacientes que fazem o teste de apoio vocacional chegam reclamando de seus empregos, de seus chefes, de seus colegas de trabalho, do acúmulo de serviço, da falta de férias, do salário baixo. Vendo isso tudo como uma queixa comum, parece até normal não estar satisfeito com o que se faz, seja lá qual for o motivo. Aí eu pergunto de volta, você está satisfeito com o que faz? E a resposta vem em forma de um tremendo ponto de interrogação na cara da pessoa, que sem saber expressa um escancarado “Como assim? Do que você está falando?????!”.
Bem, como alguém pretende tirar proveito de uma coisa com a qual não dá proveito nenhum. Recebemos do Universo aquilo que enviamos para ele. É uma relação simples de causa e efeito. Engana-se quem pensa que o Universo troca com a gente na mesma moeda, como um simples toma lá, dá cá.. A famosa frase “é dando que se recebe” é muitas vezes mal interpretada e cria expectativas frustradas das pessoas que fazem o bem esperando encontrar pessoas que o bem a façam. Isso parece história de contos de fada, é bonito, agradável, mas irreal e não leva ninguém a lugar nenhum. Se vivêssemos em uma bolha onde pudéssemos escolher quem, quando e onde as pessoas entrariam, a vida seria sem graça, sem surpresas e sem fundamento. Qual o valor de saber cada passo a percorrer? De controlar fatos, pessoas e situações? A vida seria pior do que novela de quinta, que antes do autor fazer o desfecho, já saberíamos toda a história. Quem está interessado nisso? A vida não é um manual que deve ser seguido à risca, com anotações em caderninho de perdas e ganhos. A vida é uma aventura! Um aprendizado da alma, uma chance de expressão no campo tridimensional dessa coisa infinita que é o Ser. Ao nascer damos à nossa alma uma chance de cantar. O que faz cantar a sua alma?

Essa é a grande questão de corpos e mentes doentes, queixosos quanto a salários, empregos, companheiros e uma lista sem fim. Suas almas não cantam qual rouxinol, estão aprisionadas em algum paradigma, em alguma crença de que tal trabalho é bom para mim, tal profissão me trará x de retorno, tal emprego me trará a segurança que sempre almejei. Esses paradigmas funcionam como prisões da nossa essência tentando transformar cisnes em patinhos feios. Somos todos cisnes num lindo e perfeito lago. O que nos faz crer que somos patinhos é o olhar para o externo, se comparar com o outro, desconhecer a si mesmo.

 Só existe uma forma de fazer a alma cantar alto e para todos. Soltando as amarras que distorcem a essência, descontruindo paradigmas criados ao longo dos anos, reconhecendo o pode pessoal de cada um. Ao fazer um trabalho em busca de sua própria essência a pessoa respeitará suas limitações, poderá melhorar suas dificuldades e dará enfoque aos seus potenciais. 
A única maneira de se trabalhar naquilo que se gosta é respeitar a si mesmo acima de tudo. Somos seis bilhões de habitantes, não há dois seres humanos iguais nesse mundo tão imenso, porque teríamos, então, que gostar das mesmas coisas, aceitar os mesmos padrões, nos encaixar nos mesmo moldes? Não existe um emprego que satisfaça a todos, mas existe um ofício que satisfaz cada um de nós, respeitando nossa integridade, nossos potenciais, nossos valores, nossa essência. Temos que entender que somos parte de uma engrenagem maior, e como tal, temos todos um lugar perfeito para estar, uma profissão perfeita para atuar, uma vida inteira para expressar. Existe sim um ofício especial para cada um de nós que somos seres especiais. Esse trabalho único só pode ser captado quando conhecemos a nossa essência, respeitamos a nós mesmos. E é aprendendo a entender tudo isso, o que somos, porque somos e para que viemos, que podemos permitir que a nossa alma cante alto e em bom tom.

Heloisa Aragão agora tem um site I 
 http://heloisaaragao.com.br 
Psicoterapeuta Ráshuah – Guia de Aptidão Vocacional Ráshuah
www.rashuah.com.br
Em 31 de mai de 2012

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